terça-feira, 20 de março de 2012

Fim de Tarde

Caminhando na contramão
acompanhada de Florbela
os passos lentos saem da multidão
Nas mãos Maiakosvski
No corpo a solidão
o olhar lento caminha na contramão...
De braços dados, agora com Clarice,
o encontro aconteceu...
do corpo com a chuva
do frio com o quente
do efêmero com o fulgaz...
Alma e chuva na Paulista
Ambos na contramão...
um escorrendo pelo asfalto
o outro...um estranho na multidão
um sugado pelo esgoto
o outro recolhido a sua prisão
AMBOS
retornando à multidão. 

Sandra Oliveira

12 comentários:

  1. Mesmo estando em contramão
    caminhando lado a lado
    passando de mão em mão
    Poema dito ou cantado.
    O segredo está na Mão
    do nosso punho cerrado!

    ARFER

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  2. De qualquer forma, no coração, bem acompanhada, por ilustres personagens da literatura.
    Beijos!

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    1. Júllio, o que seria de nós sem essas companhias...obrigada pela visita! beijos

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  3. Sandra,

    Gostei do seu poema; homenagem a Florbela Espanca, Maiakovski e Clarice Lispector.

    Abraços,
    Pedro.

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  4. Vengo del blog de Tonha_farias y me ha encantado tu Rincón; por lo cual, si no te importa, me gustaría ser Seguidor de tu Bello Espacio.
    Abraços.

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